Quando acontece de estar na tpm, choro muito ouvindo as músicas dos Beatles, por exemplo. Nenhuma mulher deveria fazer isso, nenhuma. Ou talvez sim, talvez é exatamente o que toda mulher deveria fazer. Eu não tenho muita certeza, aliás, acho que nunca tive, e agora eu sei disso, que bom. Eu sabia que aquela noite iria ser um desastre total, mas o que acontece é que desde que decidi não mais me dar ouvidos, tenho me fudido bastante, cada vez mais. É viver de impulsos. É ouvir e tentar entender, mesmo depois que já passou.
E é por isso que eu encho a cara e pergunto para os desconhecidos que dão atenção aos bêbados em geral, mas a resposta nunca me é suficiente. Estou sempre a negar o óbvio, e isso me faz bem.
Algumas coisas até parecem ter saído de algum romance barato dessas bancas de revista.
É literatura ruim mesmo, e eu não me importo... "Seus olhos são tão lindos"."Não deveria, mas acho que estou mesmo gostando de você".
E é aí que percebo que os clichês existem, porque eles realmente acontecem.
Então a gente chora ouvindo músicas, e fica acordado a noite inteira pensando no que vai dizer, ou no que deveria ter dito. A gente fala demais, dá escandalo, fica bêbado, e entende que às vezes as pessoas que amamos podem nunca, nunca mesmo, nos amar de volta.
Agora foda-se. No final eu sempre penso que deveria muito, muito mesmo, agradecer a todas as pessoas que partiram meu coração. Porque sim, elas me fazem entender The Beatles.
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